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Diário de um Espetador

Um espaço dedicado ao comentário dos mais diversos espetáculos e eventos culturais, com destaque para as apresentações teatrais.

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Um espaço dedicado ao comentário dos mais diversos espetáculos e eventos culturais, com destaque para as apresentações teatrais.

“CAMÕES”, por AGON.

Simplesmente, um dos nomes mais aclamados da história literária de Portugal. Luís Vaz de Camões, o grande poeta do século XVI, autor da obra-prima, “Os Lusíadas” (creio que não necessito de ampliar a apresentação desta personagem, nem da sua obra).

No ano em que se celebra o 5º centenário do seu nascimento, todo o país festeja e evoca o seu nome, ou as palavras que registou. A companhia AGON, especialista no cruzamento disciplinar entre teatro, dança e canto, integra as celebrações com a criação de um espetáculo de teatro musical, em que explora o percurso de vida atribulado do poeta. Alguns pontos marcantes são a sua excitante e intensa vida amorosa, profecias tenebrosas, viagens pelo desconhecido e o seu fado muito inconstante.

O espetáculo teve como responsável pela criação textual e encenação, Filipe Gouveia. A componente de consultoria histórica e literária deu-se com o auxílio de Maria Antonieta Costa. Já a direção musical esteve sob responsabilidade de Carlos Meireles e a direção vocal por Sara Maia.

Já conhecia o trabalho desta companhia desde a produção “Livrai-nos da Peste!” (também de autoria textual e de encenação de Filipe Gouveia), da qual saí bastante satisfeito com o resultado apresentado. Esta produção igualmente satisfez-me. Um trabalho bastante bem conseguido, com um grande dinamismo entre cenas e uma alta capacidade de captação da atenção do público. Um ótimo equilíbrio entre as três disciplinas artísticas, que se traduziu em algo fluido e nada saturante.

Destaco o trabalho da idealização de cenografia de Rita Cruz, desde a grandiosa fonte do sangue de Inês de Castro, à simples, mas acertada, escolha e manipulação das ondas do mar traiçoeiro, além do jogo de alturas com as diferentes plataformas.

Bárbara Rey, responsável pelo desenho e a operação de luz, criou um ambiente bastante intenso que ajudou imensamente na imersão do público com as cenas.

De resto, tenho a dizer que gostei dos distintos jogos interpretativos, desde as estátuas da estrutura familiar que ganhavam vida, passando pelo misticismo das Parcas e o trabalho corporal na navegação e na batalha final.

Parabenizo toda a equipa pelo trabalho realizado.

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